Medicina Veterinária-Unipac.: setembro 2013

1 - Para quem está começando, a Anatomia muitas vezes pode assustar pela grande quantidade de estruturas e termos específicos utilizados. Por isso é necessário que o estudante fique atento para o conteúdo teórico passado em sala de aula e tente estudar e pesquisar sobre a matéria exposta para poder levantar dúvidas que podem ser levadas para serem tiradas na próxima aula.

2 - A disciplina de Anatomia Veterinária, como a Anatomia Humana, é extensa, principalmente porque na veterinária precisamos estudar as diferentes espécies domésticas. Sua dedicação também tem que ser extensa. Desde o primeiro dia de aula você deve buscar estudar os assuntos repassados. Se deixar para a última hora... pode ser difícil de estudar tanta coisa. Não é nenhum exagero, muitas vezes os alunos acabam achando "chifre em cabeça de cavalo" na hora da avaliação.

3 - A disicplina de Anatomia é básica, por isso é dada do primeiro ano do curso de Medicina Veterinária, e assim como a Fisiologia, será utilizada pelos alunos durante todo o curso. Muitos estudantes tem dificuldade de acompanhar os assuntos repassados pelos professores, se você se enquadrar entre eles, procure alternativas disponibilizadas pelos professores e monitores como apostilas, livros, material teórico em sites idôneos, etc, assim como auxílio para o professor que estará disponível para atendê-lo, bem como os monitores para auxiliar em revisões das aulas práticas ministradas pelos professores.

Osteologia Veterinária - Esqueleto Axial

O termo esqueleto é aplicado para a armação de estruturas duras (ossos) que suporta e protege os tecidos moles dos animais. Esse esqueleto pode ser dividido inicialmente em três partes: axial, apendicular e visceral.

O esqueleto axial compreende a coluna vertebral, costelas, esterno e crânio. O apendicular inclui os ossos dos membros. E o visceral consiste de certos ossos desenvolvidos na substância de alguma das vísceras ou órgãos moles, como por exemplo, o osso do pênis do cão e o osso do coração do boi e carneiro. O número dos ossos do esqueleto de um animal varia com a idade, dependendo da fusão, durante o crescimento, de elementos esqueléticos que estão separados no feto ou individuo jovem.

O osso é uma substância viva com vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Ele cresce, e está sujeito à doença, e quando fraturado cicatriza. Torna-se mais delgado e mais fraco pelo desuso e hipertrofia-se para suportar o peso aumentado. Os ossos têm uma estrutura orgânica de tecido fibroso e células. Os ossos funcionam como uma armação do corpo e como alavancas para os músculos e inserções de músculos, proporcionam proteção para algumas vísceras (coração, pulmão, encéfalo e medula espinhal), contêm a medula óssea que está relacionada com a formação de células sanguíneas e reservas minerais (como cálcio e ferro). Ele é considerado um órgão hematopoiético, pois é a fonte de eritrócitos, hemoglobina, granulócitos e plaquetas.

O crânio resulta de uniões de ossos pares que formam uma caixa oca rígida, servindo de proteção para o encéfalo, os olhos, a face, orelha e os órgãos do equilíbrio, bem como os órgãos do olfato e da gustação. Esses ossos são separados por articulações imóveis, chamadas suturas. As suturassão mais evidentes nos animais jovens, pois nos adultos pode ocorrer a fusão de alguns ossos, com isso o desaparecimento das suturas. Existe uma articulação na cabeça que é móvel, a da mandíbula com o osso temporal e hióide.

Os ossos que compõem o crânio são: occipital, interparietal, parietal, frontal, nasal, zigomático, temporal, lacrimal, incisivo, maxilar, palatino, vômer, pterigóide, esfenóide (basisfenóide e pré-esfenoide), e mandíbula. A cabeça apresenta numerosos forames, canais e fissuras através dos quais os nervos crânicos e vasos sanguíneos entram e saem.

1) Cabeça

1.1) Crânio - Bovino

Forame Supra-Orbitário - Está situado cerca de 2,5 cm medialmente à raiz do processo; Ele é o orifício externo do canal supra-orbital, que passa ventrorrostralmente à órbita.
Sulco Supra-Orbitário - O forame está no curso do sulco supra-orbital, que marca o curso da veia frontal. As extyremidades rostrais das partes nasofrontais formam uma incisura que recebe os ossos nasais e ossos suturais (ou wormianos) que são frequentemente encontrados nesta junção (sutura frontonasal).
Processo Cornual - Na junção das bordas parietal e lateral está o processo cornual para suportar o cifre (ruminantes). Este processo é de forma cônica alongada e varia grandemente de tamanho, comprimento, curvatura e direção.

1.2)Crânio - Bovino

Osso Parietal- Formam a maior parte do teto do crânio, eles unem-se na linha mediana formando a sutura sagital. O Parietal articula-se com os ossos, interparietal, occipital, frontal,temporal e o basisfenóide.
Osso Frontal - Estão situados nos limites do crânio e da face, entre os parietais caudalmente e os nasais rostralmente. Eles também se articulam com o etmóide, lacrimal, asa do pré-esfenóide, palatino,maxila e a parte escamosa e processo zigomático do temporal.
Osso Lacrimal - Estão localizados na parte rostral da órbita e estendem-se rostralmente sobre a face até a borda caudal do maxilar. Articula-se dorsalmente com os ossos frontal e nasal, ventralmente com o zigomático e maxilar, rostralmente com a maxila e caudalmente com o frontal.
Osso Nasal - Estão em posição rostral aos ossos frontais e formam a maior parte do teto da cavidade nasal. Cada um deles articula-se com o do lado oposto, com o incisivo, maxila, lacrimal e frontal.
Osso Incisivo - Formam a parte rostral da mandíbula superior e suportam os dentes incisivos. Cada um deles articula-se com o osso do lado oposto, como o nasal, a maxila, e o vômer.
Osso Temporal - Forma a maior parte da parede lateral do crânio. Acha-se situado entre o occipital caudalmente, o parietal dorsalmente, o frontal rostralmente e o basisfenóide ventralmente. Também se articula com o côndilo mandibular e com o hióide; o processo zigomático une-se ao zigomático e ao maxilar.
Osso Zigomático - Estão localizados entre o lacrimal dorsalmente e a maxila ventral e rostralmente. O processo temporal articula-se com o processo zigomático do temporal.
Osso Maxilar - São os principais ossos da queixada superior e suportam os dentes molares superiores. Estão situados na porção lateral da face e se articulam com quase todos os ossos faciais bem como o frontal e o temporal.

1.3)Crânio - Bovino

Protuberância Intercornual - As bordas parietais formam com os parietais uma grande protuberância intercornual central, o ponto mais alto do crânio.
Protuberância Occipital Externa - A protuberância occipital externa na qual insere-se o ligamento nucal e a face de ambos os lados é deprimida e rugosa para inserção muscular.
Côndilo do Occipital - As partes laterias apresentam os côndilos do occipital, que se articulam com o atlas. Os côndilos estão dispostos obliquamente, afastados dorsalmente e separados ventralmente por um pequeno intervalo.
Forame Magno - O forame magno é largo, tanto que os côndilos são mais afastados, exceto ventramente, onde a cavidade cranial une-se ao canal vertebral. O forame está delimitado lateral e dorsalmente pelas partes laterais do osso e ventralmente pela parte basilar.

1.4)Crânio - Bovino

Forame Infra-Orbitário - O forame infra-orbitário - frequentemente duplo - situa-se dorsalmente ao primeiro dente molar.

1.5)Crânio - Bovino

1.6)Crânio - Bovino

1.7)Crânio - Bovino

1.8)Crânio - Bovino

A coluna vertebral é formada por uma série de ossos chamados vértebras. Ela consiste de uma cadeia mediana, impar, de ossos irregulares que se estendem do crânio à extremidade da cauda. No adulto, certas vértebras fundem-se para formar uma simples massa óssea com a qual o cíngulo pélvico articula-se. As vértebras assim fundidas são designadas vértebras fixadas (ou falsas), distinguidas das vértebras moveis (ou verdadeiras).

A coluna vertebral é subdividida para descrição em cinco regiões, que são designadas de acordo com a parte do corpo na qual as vértebras então situadas. Assim, as vértebras são denominadas cervicais, torácicas, lombares, sacrais e caudais (coccígeas). As vértebras permanecem unidas umas às outras por meio dos discos intervertebrais e ligamentos. A disposição segmentar de vértebras desde o orifício principal do crânio, o forame magno, até o final das primeiras coccígeas, forma um canal vertebral continuo.

2) Coluna Vertebral

2.1) Vértebra Cervical Atlas - Bovino

Atlas - A primeira vértebra cervical é decididamente atípica na forma e na estrutura. O corpo e o processo espinhoso estão ausentes. Tem a forma de um forte anel, do qual se projetam lateralmente duas lâminas curvas que são os processos transversos ou asas. O anel encerra um forame vertebral muito amplo e consiste de duas massas laterais coligadas pelos arcos dorsal e ventral.
Forame Alar - Encontra-se em conexão com o forame vertebral lateral por um pequeno sulco.
Tubérculo Dorsal - Mediano e côncavo ventralmente.
Forame Lateral - O tubérculo dorsal está perfurado de cada lado próximo a sua borda cranial pelo forame vertebral lateral, a borda caudal é profundamente chanfrada; a borda caudal é delgada e côncava.

2.2) Vértebra Cervical Atlas - Bovino

Tubérculo Ventral - No arco ventral em sua face ventral, acha-se o tubérculo ventral, no qual se insere o tendão terminal do músculo longo do pescoço.

2.3) Vértebra Cervical Atlas - Bovino

2.4) Vértebra Cervical Atlas - Bovino

2.5) Vértebra Cervical Atlas - Bovino

2.6) Vértebra Cervical Áxis - Bovino

2.7) Vértebra Cervical Áxis - Bovino

2.8) Vértebra Cervical Áxis - Bovino

2.9) 3ª - 7ª Vértebras Cervicais - Bovino

2.10) 3ª - 7ª Vértebras Cervicais - Bovino

3.1) Vértebras Torácicas - Bovino

3.2) Vértebras Torácicas - Bovino

3.3) Vértebras Torácicas - Bovino

3.4) Vértebras Torácicas - Bovino

3.5) Vértebras Torácicas - Bovino

4.1) Vértebras Lombares - Bovino

4.2) Vértebras Lombares - Bovino

4.3) Vértebras Lombares - Bovino

5.1) Vértebras Sacrais - Bovino

5.2) Vértebras Sacrais - Bovino

5.3) Vértebras Sacrais - Bovino

5.4) Vértebras Sacrais - Bovino

5.5) Vértebras Sacrais - Bovino

6.1) Vértebras Coccígeas - Bovino

6.2) Vértebras Coccígeas - Bovino

6.3) Vértebras Coccígeas - Bovino

As costelas são ossos alongados, encurvados que articulam com as vértebras torácicas formando o esqueleto das paredes laterais do tórax. Elas estão dispostas em série aos pares que correspondem em numero às vértebras torácicas. Cada uma articula-se dorsalmente com duas vértebras e é prolongada ventralmente por cartilagem costal. Aquelas que se articulam com o esterno por meio de suas cartilagens são designadas costelas esternais (ou verdadeiras), as restantes são as asternais (ou falsas). As últimas costelas da série que têm suas extremidades ventrais livres e não inseridas a uma cartilagem são chamadascostelas flutuantes.

7.1) Costelas - Bovino

7.2) Costelas - Bovino

7.3) Costelas - Bovino

O esterno é um osso segmentado mediano que completa o esqueleto do tórax ventralmente e articula-se com as cartilagens das costelas. Ele consiste de um número variável de segmentos ósseos, dependendo da espécie, unidos por cartilagem no individuo jovem.

8.1) Esterno - Bovino